segunda-feira, abril 08, 2013

LONG TIME NO SEE

Pois é, caros amigos, estou de volta.

Mas não tenho nada para dizer.

Não vou falar da emergência de ser feliz, porque isso é uma evidência.

Vou divagar...

Mais de 800 anos de história fazem de Portugal um dos mais antigos países do mundo.

Ao que se sabe, é o mais antigo da Europa como também um dos mais antigos do planeta com o mesmo território, cultura e língua.

Mas isso não serviu de nada.

Foi assaltado!

E toda a gente sabe quem são os assaltantes!

Mas não acontece nada!

Vamos esperar calmamente pelo verão.

Nessa altura vamos à praia bater uma bolinha e lavar os olhos na paisagem.

Bem bom!

Ou, pelo menos, nada mau!

Fiquem bem.

domingo, dezembro 02, 2012

MIXÓRDIA: CARNE PICADA À ALEMÃ (receita caseira)

Fomos conduzidos pela mão de decisores políticos corruptos e outros bandalhos até à bancarrrota.

Estamos a ser conduzidos pelo amigo e amigos da onça (com M).

Vemos, ouvimos e lemos e não podemos ignorar isto:

1- Assistimos à decadência industrial e, logo, porque sem alternativa imediata, económica e social da Europa;

2- Assistimos ao erigir do império asiático, com a determinante e também consequente deslocalização da produção para esses países.

3- Assistimos ao reforço da autonomia energética e económica dos USA e à degradação da NATO (relutância e mesmo desinteresse dos USA em tomar as dores de outros, por enquanto e enquanto não são ameaçados directamente).

4- Verificamos que a Europa só tem um caminho: Tornar-se competitiva face aos emergentes mercados e indústria asiáticos.

Como fazê-lo?

É aqui que entram os papalvos como os países do Sul da Europa e a Irlanda, países que, pelos conhecidos motivos, se deixaram enredar nas teias da bancarrota e da necessidade de assistência financeira.

Ooohhhhhhh! Maravilhosa oportunidade que permite às merkel desta Europa alcançar por via económica-financeira aquilo que noutros tempos seria alcançável por via militar, ou seja, uma espécie de colonização dos países do Sul pela arma financeira, como forma de viabilização do estilo de vida do Norte da Europa.

Como?

1º dos passos: O coelho! Em Portugal, o coelho! O coelho viabilizador, o amigo da onça (com M de merkel) com agenda ideológica!

2º dos passos: Introduzir alterações profundas no sistema desses países por forma a dotar os respectivos sistemas fiscais e de justiça de altos níveis de eficiência (garantia de futura ausência de entraves) e, especialmente, as leis laborais a fim de permitir o abaixamento dos níveis salariais e dos custos de produção associados;

3º dos passos: Assim que os custos de produção nestes países do Sul + Irlanda se tornar competitivo face aos produtores asiáticos, ocorrerá a deslocalização da produção do Norte para o Sul da Europa (e aqui se encontrará o agri-doce do resultado: haverá trabalho, sim! Por tut'imeia e mesmo meia tuta, mas haverá trabalho!)

Bom apetite.

E já agora: Cuidado! Não se empanturre, porque a receita apresenta uma ENORME toxicidade!

sexta-feira, setembro 28, 2012

COPROLALIA DEMO CRÁTICA

Cracia do demo ou mais prosaicamente democracia é, dizia Alguém, a pior forma de governo, exceto todas as outras que têm sido tentadas de tempos em tempos." (Sir Winston Churchill).

Ou seja, fazendo o pino, de entre as formas copro diarreicas de governação, a democracia tem a consistência necessária a uma forma fálica (vulgo: cagalhão).


Acaba por ser uma espécie de enrabadela de dentro para fora (lá está: É a pior forma de enrabadela, exceto todas as outras que são de fora para dentro).


Pura matemática.


O voto dito democrático permite, assim, conferir legitimidade formal a qualquer badameco, qualquer corrupto ou mesmo (e, em regra, simultâneamente,) a qualquer filho-de-puta.


Esta patologia congénita da dita democracia carece de compensação, para ser minimamente eficaz do ponto de vista da sua adequabilidade enquanto forma de governo.


A compensação pode, quiçá deve, ser efectuada com a ação direta dos votantes.


O problema que se coloca é saber quais as ações diretas que podem produzir os desejados efeitos de correção da patologia.


Eu também não sei.


Mas sei que ao longo da história sempre constituiu direito natural dos povos confrontar e até afastar o príncipe quando este ofendia o povo e todos aqueles que era suposto defender com a sua governação.



E também sei que não seria de todo descabido uma ação direta sobre os eleitos que não respeitam o povo, com arremesso à cara dos tratantes da copro matéria, ou seja, com um bom rolo de democracia.


Viva a demo cracia!!! 

sexta-feira, junho 15, 2012

O PARADOXO DE PASCAL

Hoje o dia está cinzento e apetece-me filosofar.

Entre, seguramente, muitos outros, há um problema grave na estruturação dos mecanismos da democracia portugesa: A decisão política não é efectivamente controlada pelos restantes órgãos do Estado, ao que se associa a impossibilidade de sindicância desse tipo de decisões.

Todo o controlo efectivamente existente se situa no plano puramente formal e abstracto (o voto não é, seguramente, instrumento suficiente para tanto, pois, no quadro político-partidário português, apenas se destina a escolher alguns de entre o leque de potenciais corruptos e ladrões).

E boa parte desse plano formal é desenhado e sistematicamente alterado pelos partidos da situação, quer enquanto deputados, na aprovação das leis, quer enquanto membros do governo, na acção legiferante através de decretos-leis, portarias, despachos normativos e demais medidas normativas.

É que, não esqueçamos, o poder executivo tem, em simultâneo com esse poder, as rédeas de parte importante do poder legislativo com amplitude tal que lhe permite conformar normativamente, previamente e à posteriori, os desvarios e subversiva intencionalidade das suas decisões políticas executivas.

Aquilo que no desenho constitucional seriam instrumentos de governação pode transformar-se, nas mãos de políticos sem escrúpulos, em instrumentos de corrupção.

Portugal dos últimos anos, para não ir mais longe nem mais perto, é bem o exemplo disso.

O decreto-lei, a portaria, o despacho normativo, como instrumentos normativos formalmente válidos e cujas respectivas decisões políticas são insindicáveis, podem assim ser usados impunemente para conformar quadros normativos e decisórios que, à vista de todos, suportam, permitem e conformam todo o tipo de situações gravosas para o interesse público e altamente lucrativas para os verdadeiros e subterrâneos interesses que presidiram à respectiva tomada de decisão ou adopção. 

Com tais instrumentos nas mãos de gentalha sem escrupulos o regabofe é total, pois a decisão política, repartida pela formalidade dos instrumentos associados à tomada de decisão, cria um dédalo intrincado de decisões, normas legais, procedimentos administrativos e cláusulas contratuais praticamente impossível de controlar ou sindicar nas suas vertentes substantivadas ou materializadas, com a respectiva disseminação das responsabilidades.

As situações daí decorrentes, quando visíveis e denotantes de viciação, acabam por ser desvalorizadas, despidas que se apresentam do atinente contexto holístico, ou então acabam por ser legitimadas aos olhos de todos pela afirmação da sua mera conformação formal pontual, mas ignorando a viciação de substância que é relegada para o plano do esquecimento e de que já ninguém cuida, obnubilada e mesmo branqueada pela formalidade imaculada e cilindrada por cândido discurso político.

No fundo, mutatis mutandis, é o caso paradigmático de alguém que afirma ser inocente da prática de um crime, esgrimindo como fundameanto da sua inocência a respectiva prescrição (nem sei porque me lembrei agora do isaltino morais).

Eis, pois, o perigo de entregar poder legiferante, sem efectivo controlo,  assente em decisão política insindicável a gentalha pertencente a grupos de interesses que utilizam o Estado (o nosso dinheiro) a seu belprazer, subvertendo a democracia e lançando a infelicidade sobre milhões de cidadãos em favor de meia dúzia ou dúzia e meia.

Mas não se esqueçam de que a história por vezes se repete e julgo ser necessário estar atento, pois, com pezinhos de lã, uma democracia pode ser asfixiada e tomar novos contornos, novas formas de autoritarismo que, fugindo ao figurino clássico de contornos nítidos, se mostram agora formalmente indefinidos mas substancialmente totalitários nas suas consequências práticas para os cidadãos.

A democracia em Portugal tem vindo a ser e continua a ser subvertida.

Lembrem-se de Pascal, o filósofo jansenista, cujo paradoxo serviu de base à fundação dos sistemas totalitários modernos, as civilizações do mal, como por vezes são conhecidas, e que a qualquer momento podem voltar:

"É perigoso dizer ao povo que as leis não são justas, pois ele apenas lhes obedece porque as crê justas.
É por isso que é preciso dizer-lhe, ao mesmo tempo, que deve obedecer-lhes porque são leis, como se deve obedecer aos superiores, não porque eles são justos, mas porque são superiores.".

Actualmente, e segundo creio, a remessa que Pascal efectua para as leis inscreve-se num quadro com primazia para a decisão política e é agora esta que é inquestionável, não por ser justa, mas por ser superior, em múltiplas vertentes de superioridade travestida (convém não importunar a idéia de democracia), desde a aparência de inevitabilidade até à invocação de uma legitimação pelo voto que, no discurso político, parece tudo permitir.

No plano externo, designadamente europeu, também isto tem interessantes relevâncias.


O exemplo é a imposição das medidas de governação interna imposta pela troika dos credores aos países em situação difícil.

E é por tudo isto que eu entendo que a srª merkel,  com a superioridade da sua decisão política (que impõe aos restantes decisores políticos europeus), visa alcançar a hegemonia económica conducente a uma hegemonia política (e o mais que por arrasto vier) e que escapou a hitler por via militar.

xavier

sábado, junho 02, 2012

PPP

Neste blog, por vezes de forma desbragada é certo, tenho vindo a denunciar a podridão que grassou (e grassa ainda) na vida pública portuguesa, por mãos político-partidárias, nos últimos 7 anos (pelo menos), com os governos do partido socialista e do energúmeno do tal sócrates e sua quadrilha de ladrões.
José Gomes Ferreira  é jornalista e economista, de visão arguta, e de há muito que vem pondo o dedo na ferida, de forma destemida.
Ouçam, quanto às PPP:
http://youtu.be/7HuWL0YX7dY


Vão ser anos e anos de sofrimento para tantos e tantos portugueses, como já está a ser e vai piorar....

E mais profundamente vejam aqui:
http://youtu.be/OGk7HWgiTHw

quinta-feira, maio 24, 2012

TOMATES, É A NORTE!

Já dizia o Miguel Torga:

"É um fenómeno curioso:

O país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado,
come, bebe e diverte-se indignado,
mas não passa disto.

Falta-lhe o romantismo cívico da agressão.

Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados."